Saturday, August 26, 2006


Nunca me gustaron los payasos. Veo en ellos algo de macabro que me asusta. Pero hoy fue distinto. En el bondi, vi un payaso: arrastraba una tristeza que vencía sus piernas y su sonrisa. Durante todo el trayecto almagro, once, facultad de medicina, lo miré con atención (ahora sé que él sentía mi mirada). Me detuve en aquel sombrero verde, en su maquillaje blanco, en cada uno de los parches de colores y comprendí algo importante. Algo que todavía no sé poner en palabras. Sólo puedo escribir que es subterráneo, muscular; se siente en la panza.
Tal vez la foto logre lo que mi prosa se niega a hacer.

Dejo Felicidade de Vinicius, versión Vinicius, Toquinho y María Creuza. El tema logra transmitir algo de todo esto.




(estos brasileros me arrancan el alma)

1 comment:

Mata said...

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem